Os insetos constituem o maior grupo animal da face da Terra -- há um milhão de espécies vivas conhecidas de um total de 30 milhões que provavelmente existam.
Esses animais desempenham importante papel ecológico, atuando em diversas funções: polinizadores, herbívoros, decompositores, predadores e parasitoides. Mas eles também possuem a fama de serem nojentos, pragas de lavouras e de atrapalhar as pessoas em dias de calor.
E como alimento dos seres humanos? Sim, já estão pensando nisso. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) acredita que o futuro do combate à fome no mundo está justamente no consumo desses bichinhos.
Recentemente, a FAO publicou um relatório que analisa o potencial dos insetos na oferta de alimentos para a humanidade. Para a organização, os insetos podem ser utilizados como reforço na comida de boa parte da população no futuro.
A organização calcula que quase 1 bilhão de pessoas sofram de desnutrição atualmente. No futuro, o cenário pode ser pior ainda. A população mundial está estimada em 9 bilhões para o ano de 2050. E, para alimentar esse batalhão de gente, a atual produção de alimentos precisará dobrar.
Mas a expansão das terras cultivadas e a criação de animais não vão acompanhar esse ritmo. A solução, acreditam os especialistas, estaria nas fazendas de criação de insetos. Na África, um dos continentes mais atingidos pela fome, 62% dos países têm 500 espécies de insetos comestíveis presente na região, por exemplo.
Comparada à pecuária, a criação desses bichos causaria um impacto ambiental muito menor. Ela utiliza menos espaço e é mais barata. Além disso, os insetos se reproduzem em uma velocidade maior e emitem menos gás carbônico (causador do efeito estufa). Outra possibilidade que esse tipo de cultivo pode abrir é o aumento de renda familiar de comunidades carentes, uma aposta da FAO, já que eles poderiam ter suas próprias criações e comercializá-las.
Uma ressalva: uma criação como essa requer a mesma atenção zootécnica que qualquer outro animal.
E os artrópodes apresentam ainda uma relação eficiente entre ração e carne produzida. Estudos recentes feitos por um grupo de pesquisadores brasileiros mostram que os insetos têm mais carne a ser aproveitada e podem converter 2 kg de ração em 1 kg quilo de massa. No caso do gado, são necessários 8 kg de ração para produzir 1 kg de carne.
Comer insetos, uma questão cultural
A rejeição aos insetos é uma questão cultural. Para muitas pessoas, esse hábito é visto como um comportamento primitivo, por isso o preconceito. Mas os números podem surpreender. Atualmente, mais de dois bilhões de pessoas usam os insetos em suas refeições diárias. A maioria em países do sul da Ásia e regiões tropicais, como América Central, que abrigam mais de 300 espécies de insetos comestíveis.
O Camboja (sudeste asiático), por exemplo, possui aranhas como iguarias tradicionais; a China aprecia espetos de grilos e larvas de bicho-da-seda. No México é possível degustar lagartas, ovos de mosquito, gafanhotos e percevejos, e na Índia, o cupim ao molho curry é prato popular.
A prática de comer insetos é chamada de entomofagia. Durante séculos, muitos povos incluíram insetos em seus cardápios. Na Roma e Grécia Antiga eram comuns banquetes repletos de larvas de besouros e de gafanhotos.
Segundo o último levantamento feito por cientistas, em abril de 2012, existem 1.900 espécies comestíveis de insetos. O maior grupo é o de coleópteros (besouros), com mais de 400 espécies, seguido por himenópteros (principalmente formigas), com algo em torno de 300 espécies, ortópteros (gafanhotos e grilos) e lepidópteros (lagartas de borboletas e mariposas), cada grupo com mais de 200 espécies registradas, além de cupins, cigarrinhas e moscas, dentre outros.
Os insetos podem ser consumidos em qualquer estágio de desenvolvimento, mas a maioria dos alimentos para consumo humano envolvem insetos em forma de larva (em fase de desenvolvimento) ou pupa (estágio do inseto entre a larva e o adulto), etapas que fazem parte do ciclo dos insetos holometábolos, ou seja, aqueles que apresentam metamorfose completa durante o seu desenvolvimento.
No Brasil, o “cascudo” mais famoso é a saúva, formiga que pode ser encontrada principalmente em panelas da região Norte. O hábito é uma herança dos índios amazônicos e dizem que o gosto lembra o de camarão. Atualmente, apenas uma empresa localizada em Minas Gerais trabalha com a produção de alimentos à base de insetos no país e já apresentou um pedido para vender insetos para consumo humano ao Ministério da Agricultura.
Para acostumar a população a esse tipo de alimento, em 2013, duas redes de supermercados da França começaram a oferecer produtos testes e rodadas de degustação. É uma forma de fazer com que as pessoas deixem de ver estranheza num prato com larvas, minhocas e besouros.
Os benefícios e as vitaminas
Comer insetos não faz mal à saúde dos humanos –nós já utilizamos remédios feitos de insetos, por exemplo. Esses animais são ricos em proteína, moléculas importantes na constituição do organismo. A proporção é vantajosa: um corpo de um inseto pode conter até 80% de proteína (o excesso de proteína deve-se ao sangue de temperatura fria desses bichinhos). Além disso, eles também são ricos em lipídeos de qualidade (gordura), fibra, vitaminas e minerais.
O besouro, inseto mais consumido por humanos, por exemplo, possui uma concentração de ferro mais alta do que um bife de carne bovina. O mineral é um nutriente importante e sua deficiência pode causar anemia. Já o gafanhoto S. histrio, oferece vitamina D em níveis semelhantes ao do peixe arenque, ao do fígado de galinha cozido ou à gema do ovo. A formiga da espécie Atta cephalotes (tanajura ou saúva) também não fica atrás: possui mais proteínas (42,59 %) do que a carne de frango (23 %) ou bovina (20 %).
Mas cuidado: não dá para adotar essa iguaria no cardápio "caçando" no jardim de casa. Assim como os animais, os insetos podem estar contaminados ou podem ser focos de doença e pesticidas. A recomendação é que venham de criadores responsáveis.
DIRETO AO PONTO
Um relatório recente da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), avaliou que os insetos podem ser utilizados como reforço na comida de boa parte da população no futuro. A organização calcula que hoje, quase um bilhão de pessoas sofram de desnutrição. Em 2050, a estimativa é que o mundo tenha 9 bilhões de habitantes. E para alimentar esse batalhão de gente, a atual produção de alimentos precisa dobrar.
O problema é que a expansão das terras para a agricultura e criação de animais não vai acompanhar esse ritmo. A solução estaria nas fazendas de criação de insetos, que seria mais baratas, mais fáceis no quesito estrutural e menos poluente do que as criações de gado.
Atualmente, existem cerca de 1.900 espécies comestíveis de insetos, presentes majoritariamente em regiões da Ásia e de ambiente tropical, como a América Central. Entre os comestíveis, o maior grupo é o de coleópteros (besouros), com mais de 400 espécies, seguido por himenópteros (principalmente formigas), em torno de 300 espécies, ortópteros (gafanhotos e grilos) e lepidópteros (lagartas de borboletas e mariposas), cada grupo com mais de 200 espécies registradas, além de cupins, cigarrinhas e moscas, dentre outros.
O(s) seguinte(s) 2 usuários diz(em) obrigado a
Bruna T pelo seu post:2 usuários diz(em) Agradece a Bruna T pelo seu post Juliana Padovani (26-11-2015), Mediador (22-11-2015)
Ah.. mas daí já é demais rss.. somente se eu estivesse numa situação de risco pra encarar mesmo..
"Não vim até aqui, pra desistir agora.."
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Juliana Padovani pelo seu post:1 usuário disse Agradece a Juliana Padovani pelo seu post Bruna T (28-11-2015)
(26-11-2015 01:31 PM)Juliana Padovani Escreveu: Ah.. mas daí já é demais rss.. somente se eu estivesse numa situação de risco pra encarar mesmo..
Formiga até que vai.
Homem come formigas e sobrevive 6 dias no deserto na Austrália
Reginald George Foggerdy se perdeu ao sair para caçar no oeste do país.
Sem água, esperou sob uma árvore e se alimentou de formigas
Mas comer um espeto de larvas de bicho-da-seda, igual ao que a senhora chinesesa segura, e nojento:
Só de pensar dá arrepio.
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Bruna T pelo seu post:2 usuários diz(em) Agradece a Bruna T pelo seu post Juliana Padovani (01-12-2015), Supermoderador (31-03-2017)
Compartilho dessa sua opinião Bruna!!! Formiga até encaro mas larvas... ahhhh não dá não kkkkkkkkkkkk
"Não vim até aqui, pra desistir agora.."
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Juliana Padovani pelo seu post:1 usuário disse Agradece a Juliana Padovani pelo seu post Supermoderador (31-03-2017)
08-03-2017, 01:06 PM (Resposta editada pela última vez em: 08-03-2017 02:08 PM por Supermoderador.)
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RE: Insetos na alimentação
Minha nossa, não sei não, mas acho que nunca teria comer coragem de comer insetos, viram a mulher com a barata na boca? Dá arrepio... Abraços
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Dedetizadora pelo seu post:1 usuário disse Agradece a Dedetizadora pelo seu post Supermoderador (31-03-2017)